quarta-feira, 16 de outubro de 2019

teste


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Como ser produtivo sem ter rotina?

A tecnologia hoje nos dá uma flexibilidade enorme para desenvolver muitos tipos de serviços, seja você jornalista, escritor, programador, designer, entre outros. Temos hoje uma grande diversidade de tecnologias que não nos obrigam mais a estar em um lugar fixo para trabalharmos. Só que essa facilidade gera uma questão: como ser produtivo se temos tanta flexibilidade, ou seja, se não temos mais a mesma rotina para trabalhar?

Muitas pessoas falam sobre o assunto e gostaria de passar minha pequena experiência em não ter rotina e ser flexível. Em 3 anos eu terminei meu mestrado e leciono em uma universidade. Só o fato das aulas serem a noite já muda muita coisa. Antigamente eu trabalhava 8 horas por dia e a noite ia pra faculdade ou tinha a noite livre, hoje é o inverso, começo a trabalhar as 5 da tarde e só paro as 11 da noite. Claro, como sou professor o trabalho, na realidade, se estende o dia inteiro porque existe a preparação das aulas, preparação de trabalhos, correções, orientações de alunos, entre outros. Agora fica a questão: como gerenciar esse tempo fora da sala de aula?

Existem várias táticas sobre gerência de tempo, mas está cada vez mais difícil gerenciar algo que pode ser feito em qualquer lugar. Vamos observar 3 pontos:
  1. Trabalhar nesse período em casa ou na faculdade? Uma questão interessante porque temos que ver onde somos mais produtivos. A faculdade pode dar a impressão de "lugar de trabalho" ou pode ser distração. Em casa a mesma coisa, mas eu optei por trabalhar em casa por conseguir me concentrar mais em meu próprio quarto do que na universidade com alunos e colegas podendo te interromper.
  2. Como produzir trabalhando em casa? Outro ponto importantíssimo, já que em casa temos televisão, DVD, internet, barulhos comuns de uma casa, família, entre outros. Um fator indispensável aqui é ter um local fechado para se concentrar e realmente focar no que estamos fazendo. Podemos utilizar fones de ouvido para diminuir o barulho externo, ter horários para sentar e levantar da frente do computador, etc.
  3. Como manter a concentração na frente do computador? Pra mim esse é o ponto mais difícil. O ideal é termos horários para produzir, para relaxar e para se comunicar com as pessoas. Ficar trabalhando com msn piscando, música a toda altura e respondendo e-mails bobos com certeza não dá. Vale a pena ter horários específicos para abrir e-mails, conversar com clientes e entrar nas redes sociais. Se tivermos 15 antes de começar a se concentrar e 15 minutos antes de sair da frente do computador só para responder e-mails e resolver detalhes o trabalho rende. O ideal é não perder o foco, vale mais a pena ficar focado durante duas horas e render bastante do que trabalhar 4 horas sem render nada.
No início é difícil conciliar o tempo "livre" do tempo de trabalho porque não temos rotina de trabalho, mas vale a pena improvisar uma rotina para conseguir render bem durante essas horas flexíveis.

Outro aspecto que é comum nesse mundo flexível de hoje são as lojas de conveniências, cafés e bares com wireless, muitas pessoas conseguem trabalhar algumas horas por dia nesses lugares e tem resultados muito bons. Até para dar uma diversificada as vezes.

Portanto, o que vale é, mesmo sendo flexível, ser um pouco organizado para conseguir render bem e aproveitar ao máximo essa flexibilidade.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Vale a pena fazer mestrado? - 2010

Pelo bom número de acessos em meu primeiro post sobre valer ou não a pena fazer mestrado (leia aqui), eu resolvi escrever um novo post, já que hoje eu já sou mestre.

Primeiro fator que eu acho bem interessante é o seguinte: valorização do título. Por que eu falo isso? Falo porque se tu tens um título tu deves valorizar. Então, devemos analisar quem valoriza um mestre. Nesse sentido, universidades valorizam mestres, concursos públicos e até mesmo algumas empresas. No meu ramo (TI) não adianta eu ser mestre para trabalhar em uma empresa como programador, eu não vou ganhar mais programando porque eu sou mestre, mesmo que meu mestrado seja em linguagens de programação. Eu devo ver quem me valoriza e, nesse sentido, tanto universidades quanto empresas públicas me valorizam e muitas pagam 10% a mais só pelo título. Tu podes trabalhar como professor e valorizar teu título, como também podes trabalhar em outras empresas que também valorizam teu título. Mercado tem bastante nesse sentido, até porque nem todo mundo tem mestrado.

O segundo fator e o mais importante de fazer/ter mestrado são as chamadas soft-skills (habilidades interpessoais). Quando tu entra em um mestrado tu aprende muito a "se virar sozinho", o chamado autodidata. Tu aprendes a ir atrás de uma informação, aprende a passar essa informação e aprende a utilizar essa informação para ti mesmo. Tu crias uma capacidade de aprender onde procurar o que tu precisa, o que facilita muito essa busca. Fora isso, tu aprende a ser independente, a gerenciar seu próprio tempo de forma que tu sejas mais produtivo sem deixar de lado os compromissos, a falar em público, a ter didática na hora de ensinar alguém e a ter paciência em determinadas situações.

O fato de fazer um mestrado está ligado a um crescimento pessoal fora do comum. O desenvolvimento pessoal que um mestre adquire pode ser maior que o título propriamente dito porque é difícil de mensurar, mas você se torna uma pessoa mais capaz, mais confiante e até mesmo mais organizado.

Espero que o texto ajude a esclarecer algumas dúvidas e qualquer dúvidas é só comentar que estarei a disposição. Em breve colocarei alguns textos sobre situações boas e ruins que aconteceram durante esses dois anos de mestrado.



terça-feira, 25 de agosto de 2009

Segredos do sucesso

Esses dias navegando pela web achei algo bem interessante. John Richard falando sobre "Os oito segredos do sucesso". O interessante é que ele chegou nesses oito segredos conversando com outras pessoas que alcançaram esse sucesso, cada um com uma característica particular.

1o: Paixão

Thomas Freeman disse: eu sou movido pela minha paixão.

Obs: O interessante é que se fazemos as coisas por amor o dinheiro vem junto.

2o: Trabalho duro

Rupert Murdoch disse: No final, é trabalho duro, sempre. Nada vem facilmente, mas eu me divirto.

Obs: No final das contas ninguém é viciado em trabalho, mas se divertem no trabalho.

3o: Foco

Alex Garden disse: Bom, para você ter sucesso você tem que enfiar o nariz em alguma coisa e se tornar extraordinariamente bom nela.

Obs: Não há mágica, é praticar, praticar e praticar. E manter o foco.

Norman Jewison disse: eu acho q tem a ver com se focar em uma coisa e se esforçar.

4o: Ser extraordinariamente bom em algo

David Gallo disse: esforce-se fisicamente, mentalmente, você tem q se esforçar, se esforçar, se esforçar.

Obs: Você tem q se esforçar contra a timidez e a insegurança.

Goldie Hwan disse: eu sempre tive inseguranças de que eu não era boa o suficiente, esperta o suficiente e eu não achava que ia chegar lá.

5o: Se estimular

Frank Gehry disse: A minha mãe me estimulava.

6o: Servir

Sherwin Nuland disse: é um priviégio servir como médico.

Obs: Para ser milionário você deve dar aos outros algo de valor. Porque é assim que as pessoas ficam realmente ricas.

7o: Idéias

Bill Gates disse: eu tinha um idéia, fundar a primeira empresa de microcomputadores.

Obs: Não há mágica na criatividade para ter essas idéias, é só ir fazendo umas coisas bem simples.

8o: Persistir

Joe Kraus disse: persistência é a razão número um para o sucesso.

Obs: Você tem que persistir quando falha. Persistir a rejeição, crítica, babacas e a pressão.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Filhos inteligentes enriquecem sozinhos - Gustavo Cerbasi

Livro: Filhos inteligentes enriquecem sozinhos
Autor: Gustavo Cerbasi
Editora: Gente

Para quem está pensando em ter filhos, ou já tem um vale a pena ler esse livro. Claro que esse livro fala apenas da educação financeira, outros detalhes sobre como criar os filhos devem ser procurados em outros livros, mas no que o livro se propõe a ensinar ele ensina bem.

Logo de cara já vemos um ensinamento importantíssimo. Começar cedo e de forma correta pode diferenciar um milionário de um endividado. E ao terminar o livro lembramos desse ensinamento. Faz muito sentido.

1) Pais e filhos sabem lidar com dinheiro? Os pais devem passar mais tempo com seus filhos e não alimentar hábitos de luxos, evitar mimos e fazer a alegria dele de forma simples.

2) Dá pra contar com a escola? É um questionamento difícil, escolas públicas fazem o feijão com arroz, mas escolas que oferecem mais custam caro. Deve-se escolher bem a escola de seus filhos para que eles tenham bom ensinamento para a vida, não só o básico, mas como atividades extras de esporte, cultura, finanças e etc. É de suma importância também o pai estimular essas outras atividades e ensinamentos.

3) Como a criança aprende? Criança aprende pelo exemplo e respeita muito as regras. Se você impor regras e quebrá-las, fará com que a criança se frustre. Primeiro dê o exemplo. É preciso entender algumas necessidades das crianças, como liberdade, estar entre amigos e ter o que os amigos tem.

4) Sete princípios fundamentais na educação financeira:
I: Valorizar - Nem todo valor tem seu preço. É importante distinguir o valor do preço. Valorizar algo é passar horas se dedicando aquilo ao invés de comprar algo caro para dizer que é importante. Valorize o tempo com seus filhos ao invés de dar presentes caros para suprir sua ausência.
II: Celebrar - Celebrações quebram a rotina. Celebrar só em datas especiais, assim como comprar presentes. Crianças que recebem presentes toda hora viram consumistas e não entendem o verdadeiro motivo da celebração. Faça-a entender o motivo a ponto do presente ser secundário.
III: Orçar - Seu limite é o que você tem. Pague juros só se precisar, senão orce tudo e compre o que você tem condições.
IV: Investir - Juros recompensam poupadores. Devemos ensinar a criança com juros morais, se ela gastou toda mesada e quer algo, dê com o trato de pagar menos a ele depois, assim como recompensá-lo por poupar, ensinando que o dinheiro poupado trabalha sozinho.
V: Diferenciar - Amigos, amigos, negócios à parte. Devemos fazer negócios sérios, mostrando para a criança que o ato de comprar é diferente do ato de lazer.
VI: Negociar - Seu dinheiro vale mais na sua mão que na mão dos outros. Devemos negociar sempre para termos bons resultados, cada 1 real perdido na negociação são 2 perdidos no nosso investimento.
VII: Equilibrar - Vida rica é vida em equilíbrio. Para ter sucesso nos princípios devemos equilibrá-los. Existem momentos certos para levar os princípios ao extremo e momentos em que devemos pegar leve. Mas lembre-se que os princípios são a base para o ensinamento dos filhos.

5) Seis atitudes fundamentais:
I: Ensine todos os dias, aprendemos por repetição - Todos nós aprendemos por repetição, devemos falar para a criança várias vezes a mesma coisa. A frase: "Já falei pra você não fazer isso!" deve ser esquecida. Ninguém aprende uma vez só.
II: Ensine com diversão, aprendemos por prazer - Ao invés de discutir seriamente assuntos referentes a dinheiro, discuta de forma descontraída, como por exemplo, deixar que a criança decida onde serão as próximas férias, ou onde passarão o fim de semana. Levando em consideração o quanto podem gastar.
III: Ensine pelo exemplo, aprendemos por inspiração - "O exemplo vem de casa", se você der o exemplo seus filhos o seguirão. Ao invés de dizer: "Não fume maconha!" diga: "Você já me viu fumando?".
IV: Ensine com justiça, aprendemos por obrigação moral - Promessa é dívida. Seja sempre justo e fortaleça o senso de justiça da criança. Regras são para todos, tanto para os pais quanto para os filhos.
V: Ensine com humildade - Não se sinta o dono da verdade, os filhos aprendem muito na escola e no computador. Seja bom ouvinte, mas lembre-se de ensinar e aprender com eles.
VI: Ensine com carinho, aprendemos por amor - Seus filhos só absorverão os ensinamentos em um ambiente hostil e amoroso. Procure sempre ter um clima bom em sua família.

6) Ferramentas para o aprendizado: Dar mesada significa transferir aos filhos uma responsabilidade que era dos pais. É importante entender e fazer eles entenderem a importância disso, juntamente com o valor que eles querem e o valor que nós podemos dar. É necessário ter uma conversa madura.

7) Conversas mais maduras ao longo do tempo: Não adianta querer que seu filho perca tempo com planilhas e controles, nem querer que ele entende que o seu salário é puco porque para ele será muito sempre. Deve-se ensinar com diversão e ao longo dos anos ir amadurecendo as conversas, fazendo ele pagar suas contas e ter noção do que é o dinheiro. Um bom exercício é fazer ele ajudar no planejamento das férias.

Nosso sucesso ajuda muito no sucesso dos nossos filhos. Por não cuidarmos adequadamente de nosso futuro pessoal, conduzimos nossos filhos a um futuro de dificuldades. Uma família deve dar apoio e carinho, isso assegura que os filhos tenham uma boa base para o sucesso.

8) Filhos mais ricos: Uma boa lição financeira não garantirá o sucesso de seus filhos. Outros fatores são fundamentais como: respeito, companheirismo, atenção à saúde e à alimentação, convívio social, proteção, entre outros. Mas um bom planejamento financeiro pode facilitar muito.

Três fatores imperceptíveis passam a fazer parte de famílias que enriquecem:
1: Aprendizado - Parece difícil realizar os primeiros sonhos porque não estamos acostumados a fazer planos para atingí-los. Com o tempo aprendemos a escolher melhor e ter mais disciplina.
2: Consolidação da renda - Aprendemos a gastar melhor.
3: Motivação trazida pela conquista - Quem já quitou um financiamento sabe que essa sensação é indescritível. É uma espécie de vício empreendedor.

Vale a pena a leitura para todos aqueles que tem, querem ter filhos, ou quem quer trabalhar com crianças.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Casais inteligentes enriquecem juntos - Gustavo Cerbasi

Livro: Casais inteligentes enriquecem juntos
Autor: Gustavo Cerbasi
Editora: Gente


Esse livro é dividido em três partes. A primeira, sevindo para introduzir o assunto financeiro na vida amorosa mostra alguns exemplos cotidianos onde não percebemos que o dinheiro é o culpado de brigas e discussões. Na segunda, o autor foca na vida a dois, mostrando como devemos traçar nossa vida amorosa juntamente com uma vida financeira saudável. Na terceira, o autor dedica algumas páginas para aconselhar sobre investimentos e onde é melhor investir nosso dinheiro nas diversas etapas da vida a dois.

1 e 2) 1ª parte: A primeira parte do livro apresenta os perfis que um casal pode ter, mostrando 3 exemplos simples onde 1 casal vai bem, outro razoável e o último em ruínas. Vale ressaltar que muitas vezes algumas brigas entre os casais é por falta de dinheiro, mas isso fica mascarado atrás de motivos como falta de romantismo e etc.

É bom o casal estar sempre em sintonia para que as atitudes de um não fruste o outro. Por exemplo, um casal onde o homem controla o dinheiro e a mulher que faz as compras. O homem todo o mês pede pra mulher gastar menos. Ela por sua vez, gasta menos, inclusive deixando de comprar coisas para seu próprio uso, como roupas e etc. No final do ano o homem para presenteá-la compra um carro. Ela por sua vez fica frustada porque ela não quer um carro e sim uma vida mais tranquila.

3) Finanças do namoro ao noivado: Tudo deve ser planejado e não deve haver segredos entre o casal. Sempre que o casal batalhar junto por um projeto ele será bem executado.

Quando se pensa em longo prazo e se poupa no longo prazo é possível ver grandes diferenças e grandes resultados.

Dificuldades financeiras são escolhas pessoais: vocês decidem tê-las quando ignoram a importância do planejamento financeiro.

4) As finanças dos recém-casados: Planos comuns jamais serão contruídos de modo eficiente se tudo no relacionamento for dividido. Perde-se em eficiência, em organização e em resultados.

De preferência juntar as contas adicionando o cônjuge na conta mais antiga, para pagar menos tarifas. E investimentos conjuntos pois quanto maior a quantia melhor o fundo. Elaborar um regime financeiro, nada muito complicado. Deve-ser perder poucos minutos em sua atualização semanal e seguir ela a risca sempre.

Fórmula da abundância financeira: Gastem menos do que ganham e invistam a diferença. Depois reinvistam seus retornos até atingir uma massa crítica de capital que gere a renda para o resto da vida. Lembre-se: Não há investimento bom para quem está atolado em dívidas.

5) As finanças dos casais com filhos: É melhor juntar dinheiro para algo do que financiar. Com os filhos é a mesma coisa, é melhor juntar dinheiro desde que eles nascem para seus estudos, por exemplo. Outro fator interessante é conversar com os filhos sobre dinheiro e dar mesada. Vale mais a pena dar bônus para os filhos quando eles passam de ano do que puní-los retirando a mesada caso não passem de ano.

6) Cuidando dos emprevistos: Se tem dinheiro poupado não peça empréstimo, tire da poupança e empreste a você mesmo, inclusive pagando juros. Em caso de dívidas, é melhor vender o carro e pagá-las. Pode-se até incluir o valor da venda em uma entrada para um carro de menor valor.

7) Investimentos: A busca da melhor opção. É possível alcançar um padrão de vida bastante superior ao que temos hoje se usarmos 4 ingredientes fundamentais: tempo, dinheiro, decisões inteligentes e juros compostos.

8) Valores que devem ser contruídos ao longo da vida: Vocês começarão a enriquecer mais rapidamente quando perceberem a importância das coisas que não custam nada.

9) Administrando o sucesso de um plano: Nem a independência financeira nem a aposentadoria estão relacionados a idade. Pensem na aposentadoria como uma oportunidade de crescer.

10) A riqueza como objetivo de vida: "Dizem que sou um cara de sorte... só sei que quando mais eu me esforço, mais sorte eu tenho!" - Jack Niklaus

Concluindo: Gostei bastante do livro. Ele trata profundamente em alguns momentos sobre aspectos nem sempre percebidos antes de tomar decisões. A vida de um casal pode ir do sucesso a ruínas caso nenhum dos dois se preocupe em manter as contas em dia e poupar algo no fim do mês para um imprevisto ou melhor ainda, poupar para um investimento. Se investimos em um relacionamento pelo resto da vida, por que não investir nosso dinheiro para usá-lo no fim de nossa vida?

Vale a pena a leitura, principalmente se você está no início de um casamento ou até mesmo se está solteiro e pretende casar um dia.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Twitter - Conheça um dos criadores

Diante de um fenômeno como o Twitter, nada melhor para quem é do mundo tecnológico que assistir o criador desse fenômeno falando. Sua palestra foi realizada no TED. Para quem não conhece, o TED é uma conferência anual que traz pensadores nas áreas de Tecnologia, Entretenimento e Design, falando sobre suas vidas e feitos.

O TED lançou recentemente um projeto de tradução para suas palestras e já existem várias disponíveis em português.

Assitam então a palestra de Evan Williams, um dos criadores do Twitter.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Steve Jobs e suas três histórias

Nas últimas semanas eu vi uma transcrição do discurso que Steve Jobs fez na formatura de uma turma de Stanford em 2005. Dispenso comentários sobre Steve Jobs já que sempre fui fã dele, não somente pelo seu histórico de conquistas como também pela sua humildade em alguns momentos.

O texto é um pouco longo, mas é realmente muito interessante. Vale a leitura.

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Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro." Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades.

Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes.Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida.

Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.Vou dar umexemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante. Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida.

Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou.E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa - sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação - o Macintosh - e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.

Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam.

Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

Minha terceira história é sobre morte

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último". Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.

Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas - que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar.

E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui.Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: "Continue com fome, continue bobo". Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês.

Continuem com fome. Continuem bobos.


Segue o link com o vídeo na íntegra disponível no youtube.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A nova escala de valores

A chamada escala de valores foi usada por Bernardinho como uma nova versão da roda da excelência. Ela é muito interessante porque traz conceitos mais específicos.
A escala de valores consiste em seis etapas: escolha de talentos, espírito de equipe, definição e fomento de lideranças dentro do grupo, treinamento extremo, fatores externos e o sucesso e suas armadilhas.

Escolha de talentos: devemos optar pelas pessoas certas e não pelas talentosas. Um bom método para isso é o método estatístico. Saber dados exatos e específicos dos atletas para saber o que esperar dele e onde encaixá-lo. Pode usar a estatística para um conceito tático, estudar o adversário e saber como ele age e a partir daí bolarmos nossas estratégias. Estudar o comportamento deles durante o jogo para saber se mudou em relação aos nossos dados antigos e então mudar nossa estratégia novamente. Outro modo de usá-la é tecnicamente, analisando o desempenho de cada atleta e mostrando a ele para que possa melhorar. Isso faz com que termine as conversas como: “Eu acho que você...” E nos propicie conversas como: “Você fez isso e aquilo e precisa de...” Os números não nos dizem tudo, mas ajudam muito para entender onde e como melhorar.

Talento médio + Determinação Alta = Bom profissional
Talento alto + Determinação Alta = Super profissional
Talento alto + Determinação Baixa = Frustração


Por isso devemos sempre olhar nos olhos desses talentos para encontrar o famoso “brilho no olhar”.

Espírito de equipe: Devemos nos motivar pela excelência e liderar pelo exemplo.

Liderança: O líder deve ser um facilitador de bons desempenhos, mas não deve buscar a popularidade.

O bom profissional é aquele que nunca acha que o que conquistou é o bastante, que sempre quer algo mais e que está disposto a sacrifícios individuais em nome de um objetivo coletivo. E o bom líder é aquele que consegue incutir esse questionamento em seus colaboradores.

O bom líder deve sempre desafiar seus liderados a superar o que eles acreditam ser seus limites.

Preparação: Provocar, desafiar, instigar, buscar nada menos que o máximo, essa é a obrigação de todo gestor. Só isso faz crescer.

Superação é ter a humildade de aprender com o passado, ser inconformado com o presente e desafiar o futuro. – Hugo Bethlen – Grupo Pão de Açucar

Quando a preparação é intensa e sistemática, qualquer coisa diferente será apenas uma pequena variação para o que você se preparou. – Rudolph Giuliani

Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho – Tiger Woods

Mão santa nada, mão treinada. – Oscar Schmidt

Ambiente externo: “Brigo muito com eles, mas brigo mais por eles.” – É importante prover as condições básicas para nosso trabalho.

O sucesso e suas armadilhas: As vitórias nos garantem apenas grandes expectativas e mais responsabilidade. E nossa responsabilidade aumenta de forma proporcional à expectativa gerada: é o peso do favoritismo.

O questionamento constante – sob a ótica dos elementos da roda da excelência ou da escala de valores – gerará crescimento. É importante entendermos novas vivências como lições para um aprendizado contínuo permanente.

Optar pelas pessoas certas e não pelas mais talentosas;
Focar no trabalho em equipe;
Fomentar lideranças no grupo;
Treinamento extremo (nada o substitui);
Buscar equilíbrio entre cobranças e condições externas;
Atenção ao sucesso e suas armadilhas;
Buscar constantemente a excelência;

Transformando suor em ouro

Livro: Transformando suor em ouro
Autor: Bernardinho
Editora: Sextante

Bom, o terceiro livro que vou resumir aqui no blog se chama transformando suor em ouro. Eu como fã de esportes adorei o livro, mas confesso que para o meio profissional aproveitamos pouco. Salvo 2 capítulos muito bons que vou postar em um outro momento, hoje vou escrever resumidamente sobre sua carreira e alguns ensinamentos bem interessantes.

1) Descobridor de virtudes: Bernardinho era levantador reserva da seleção vice-campeã mundial de 82 e vice-campeã olímpica de 84 e ninguém esperava que aquele jogador tão atento no banco viesse a se tornar um craque no esporte. Bernardinho é o divisor de águas num país que precisa aprender a importância da cooperação, da solidariedade e do trabalho em equipe.

2) Um passeio pela Grécia: Este capítulo fala um pouco sobre o dia 29 de agosto de 2004, quando Bernardinho disputaria, como técnico da seleção masculina, a final das olimpíadas. É interessante como ele conta seus pensamentos antes da final. O peso e a responsabilidade da conquista do ouro e os aprendizados com uma possível derrota. O fato de disputar uma decisão não está na vitória do jogo, mas sim em merecermos ou não a vitória. Será que nos dedicamos ao máximo? Será que tivemos disciplina? Será que demos tudo de nós? Se sim, mesmo perdendo seremos eternos vencedores.

3) Meus primeiros treinadores: “Seja o que fores, não chegarás a lugar algum se não estudar, trabalhar e suar muito, com muita dedicação.” – Benedito da Silva (Bené)

“Deve-se exigir mais de quem tem mais a dar. É fundamental conhecer as pessoas para motivá-las.” – Bernardinho

A maior tristeza não é a derrota e sim não ter oportunidade de tentar novamente. “Levei um bom tempo para aceitar a idéia de que ser paciente é diferente de ser fraco.” – Armstrong

4) A geração de prata: Bebeto de Freitas foi treinador da seleção brasileira de vôlei no fim da década de 70 e início da década de 80. Foi impressionante o trabalho desempenhado por ele, viu que tinha um grupo bom, percebeu que poderia dar uma estrutura melhor para eles e com toda a sua capacidade liderou a seleção na prata de 84. Levou uma seleção anônima a disputar títulos como o mundial de 82 e as olimpíadas de 84. Nessa seleção foi onde Bernardinho, no banco de reservas, aprendeu muito observando.

Trabalhar a perseverança, a obstinação, não desistindo e nem recuando diante dos obstáculos. Algumas pessoas com essas características obtiveram ótimos resultados, não tinham grande talento, mas souberam perseverar.

Estudando mais sobre a seleção vice campeã olímpica de 84, vemos que eles não perderam porque eram piores que os adversários, perderam pela falta de concentração e vaidade do grupo, ou seja, poderiam claramente terem sido campeões olímpicos em 84.

5) Uma aventura à italiana: Em 1989 Bernardo recebeu um convite para ser técnico. O time era o Perugia, time feminino da Itália. O time estava na 1º divisão e tinha perdido 11 de 12 jogos. Disseram que ele tinha coragem, mas coragem pra que? Ele precisaria se o Perugia estivesse em primeiro e não em último. Difícil é manter um time na liderança e não tirá-lo de baixo.

Bernardinho sem querer mostra que esteve sempre atento no que faz. Leu muito, aprendeu cada detalhe sobre o esporte e sobre liderança. Se dedicou muito fora da quadra.

6) As meninas do Brasil: Bernardo assumiu a seleção em 1993 e mesmo estando fora da copa dos campeões, ele foi lá ver as seleções jogarem. Foi estudá-las. Disse então para suas jogadoras que queria estar entre as melhores equipes, estar em todos os pódios que disputassem. Mesmo não ganhando sempre. Nenhuma equipe ganha sempre, mas estão nos pódios.

“Se você é um líder realmente duro e exigente, seu próprio sacrifício serve como fonte de motivação, pois demonstrará que a equipe não está sozinha.”

7) A última barreira: Saber que as vitórias do passado só garantem uma coisa: Grandes expectativas e maiores responsabilidades. Então, devemos criar zonas de desconforto para afugentar a armadilha do sucesso e testar o comprometimento dos vitoriosos.

O interessante do Bernardo é como ele redobra a atenção depois das vitórias, mesmo depois de conquistar o título da liga mundial pela 4º vez ele obrigou o time a treinar um dia depois da vitória, onde geralmente o pessoal descansa (pelo menos os normais fazem isso). Esse treino era exatamente para conter a euforia e já começar a focar nas próximas partidas, para ficar claro que o objetivo a ser cumprido é sempre o próximo, essa vitória de hoje só representa uma meta atingida.

Outra reação interessante é que sempre depois de uma derrota a primeira coisa é treinar mais cedo, tipo em vez de treinar as 8:30 o treino será as 7. Faz com que o time entenda que precisa treinar mais e que faltou foco, faltou treino. Quanto mais tu treina mais preparado tu estás.

8) Em busca do ouro: Esse capítulo detalha minuciosamente a conquista do ouro olímpico em Atenas pela seleção masculina de vôlei, mas quero aqui escrever alguns detalhes que achei mais interessantes.

Bernardinho não diz explicitamente que ele como técnico deve se dedicar mesmo nas horas vagas. É impressionante como ele mantém um foco e vive aquilo até não ter mais forças. Em vôos, viagens, ônibus, ida para o treino, Bernardo está sempre pensando e anotando idéias, estratégias, mensagens, tudo para que ao treinar ou antes dos jogos ele chegue com uma surpresa ou com novas palavras. Ele treinou a equipe, falou sobre o jogo que terão em uma hora e ao irem para o ginásio, ele pensa em mais coisas para que minutos antes do jogo ele possa passar isso aos jogadores. Que dedicação. É impressionante.

Outro detalhe interessante foram as palavras ditas por Giovane antes das quartas de final em Atenas: “Ninguém treinou tanto, ninguém merece mais que nós... e certamente ninguém acordou mais cedo”. Ou seja, nossa preparação, nossa dedicação ao processo, aos treinos, isso nos dão a confiança para entrar na quadra e dar o máximo e mesmo perdendo saímos como vencedores. Estar bem preparado, acordar cedo, são esses detalhes que não deixam nós errar e por isso derrotamos os adversários.

9) Concluindo: O livro é muito interessante, principalmente do ponto de vista do esporte em geral. Treinos, motivação, jogo a jogo, foco, lideranças. Com certeza esses aspectos se traduzem para o nosso dia a dia e para o mundo empresarial, mas o foco do livro não é esse. O foco são as experiências de Bernardinho no vôlei. Quando ouvi falar desse livro diziam que tinha muitas lições de administração que Bernardo passava para os empresários em suas palestras, mas ele dedicou pouca atenção a isso. São pequenas citações. Então se você está procurando lições sobre administração desista, mas se o foco for liderança e, melhor ainda, voltada para o esporte esse livro é perfeito.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

1000 acessos

É isso aí pessoal, cheguei a uma marca histórica no final de junho/2008. Foram 1.000 acessos em 6 meses (janeiro a junho) aqui no blog. Que legal, estou feliz. Sei que isso não é nada e que meu blog tem que melhorar muito, mas foi interessante esse primeiro semestre.

Primeiro porque ao criar um blog conheci várias ferramentas como o google analytics e google adsense. Bem legais e impressionantes.

Depois disso a gente aprende muito como escrever. É interessante ver que alguns posts escritos por mim mesmo foram lidos por várias pessoas e tiveram uma aceitação boa. Aos poucos nós se adptamos, aprendemos que dependendo do assunto o post deve ser simples e direto, ou longo e bem aprofundado. Tem leitores para todos os tipos.

No final das contas o que vale é o aprendizado. Agora voltarei a postar mais seguido e tentarei explorar os pontos que deram mais certo e tentar alcançar mais 1.000 no segundo semestre. Seria bem interessante.

Era isso!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Improvável - Um espetáculo provavelmente bom

Cara, tava viajando na internet e achei esse espetáculo improvável. Pra quem não conhece, assim como eu não conhecia até agora, o espetáculo “Improvável” é um projeto de humor baseado em improvisações no qual a platéia tem fundamental importância para criação das cenas.

Seu elenco fixo é formado pela Cia. Barbixas de Humor e pelo comediante Rafinha Bastos, que, além de fazer o papel de mestre de cerimônias, aquece a platéia com uma pequena apresentação de comédia stand-up no início do espetáculo.

Olhei vários vídeos deles, mas o que mais me chamou a atenção foi o de perguntas. A platéia escolhe um local qualquer e os comediantes fazem a cena somente com perguntas, na pura improvisação. Sai cada coisa muito legal.



Para os interessados em conhecer mais sobre o trabalho desse pessoal é só clicar aqui para entrar no site oficial do espetáculo.

O post de hoje é pra esfriar um pouco a cabeça porque estamos na semana de provas e entregas de trabalhos no mestrado.

Era isso então!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Download Day

Você está pronto para fazer parte da história? Você está pronto para estabelecer um recorde mundial? Hoje é o Download Day. Para fazer parte oficialmente do recorde mundial do Guinness, você deve baixar o Firefox 3 até às 17:00 UTC do dia 18 de Junho de 2008, ou aproximadamente 24h a partir de agora.

É pessoal, hoje é o dia de baixar o Firefox 3. O horário oficial de download foi as 14hrs de hoje (17/06/2008), mas deixaram muito a desejar. Simplesmente os servidores não aguentaram a pressão do pessoal entrando para baixar e até agora está MUITO lento. 2 horas após o horário oficial consegui realizar o download, lamentável.

O que me intriga é que depois de baixar recebi um e-mail dizendo que é até as 17hrs de amnanhã. Se são 24hrs, o horário oficial é a partir das 17hrs de hoje? Será que é isso? Na real que não entendi nada.

O importante é que já estou usando o firefox 3 e ele realmente é bem mais rápido que o 2. Vale a pena usar.

Quanto ao Download Day, não sei se será o grande sucesso como eles esperavam. Achei muita enrolação, cada hora eles falam em um horário. Se é dia 17 é a partir da meia noite, ou marca um horário com antecedência. Todo mundo esperando e eles dizem ao meio dia que vai ser as 14 hrs. Vai sabe.

Era isso então!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

MPI

Hoje vou postar um trabalho de uma disciplina aqui do mestrado. O trabalho é um artigo rerente a linguagem para contrução de aplicações paralelas e distribuídas chamada MPI (Message Passing Interface). O objetivo desse artigo é apresentar os aspectos mais importantes da linguagem, bem como seu ambiente de desenvolvimento.

Introdução

Até o fim dos anos 80, os fabricantes de computadores desenvolviam as suas próprias bibliotecas de funções para desenvolver programas paralelos, o que resultava em um código não portável e a falta de padrão dificultava o desenvolvimento das aplicações. Em abril de 1992 começou o fórum MPI, onde fabricantes de hardware e software, universidades e usuários se reuníram para criar o padrão MPI, cujo principal objetivo era desenvolver um padrão amplamente utilizado, explorando as principais vantagens do padrão de passagem de mensagens, a portabilidade e a facilidade de uso.

Para ver o artigo completo clique aqui.

Era isso então!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Você conhece a lei de Moore?

Você já parou pra pensar na rapidez em que cresce a capacidade de processamento dos computadores? Será que o aumento da capacidade de processamento diminuiu ou aumentou em algum momento? Será que esse aumento de capacidade é aleatório? Parece que nenhuma dessas perguntas faz sentido, mas por incrível que pareça existe uma lei que nos explica isso.

O que é a lei de Moore?

Em 1965, Gordon Moore, fundador da Intel, fez uma afirmação dizendo que a cada 18 meses a capacidade dos computadores dobraria, enquanto os custos permaneceriam constantes. Isto é, daqui a dois anos seria possível comprar um chip com o dobro da capacidade de processamento pelo mesmo preço que você paga hoje. Essa afirmação já dura mais de duas décadas e não parece ter prazo de validade definido, ela tornou-se tão verdadeira que acabou virando a famosa "Lei de Moore".

O interessante é que este princípio pode ser aplicado também a outros aspectos da tecnologia digital como chips de memória, discos rígidos e até a velocidade das conexões da Internet.

Até quando ela será válida?

Segundo o próprio Moore em quinze anos essa "lei" poderá perder a validade. Acontece que o processo litográfico, usado na confecção de dispositivos semicondutores, tem uma limitação física. Em breve, será impossível alinhar os átomos de silício de forma que seja possível controlar o fluxo eletrônico.

Algumas alternativas para contornar isso passam longe do conhecido transistor. Nanotubos de carbono, chips biológicos e computação quântica são boas apostas.

Mas também há quem acredite que essa lei irá vigorar mesmo com as outras alternativas. É esperar para ver.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vale a pena fazer mestrado?

Essa pergunta estava na minha cabeça desde quando entrei na faculdade há 6 anos atrás, mas acho que as coisas de lá pra cá mudaram um pouco. No passado o mestrado era mais focado para quem procurava uma carreira acadêmica, mas não sei se isso ainda se aplica. Nosso mercado de trabalho amadureceu muito e o mestrado hoje é uma opção sólida para quem quer continuar se desenvolvendo tecnicamente. Claro que somente o título de mestre não quer dizer nada, mas tu podes ter um diferencial enorme alinhando tua dissertação com um tópico que esteja em alta no mercado, o que não é muito difícil hoje em dia.

Atualmente estou cursando mestrado na UCPEL (Universidade Católica de Pelotas) e estou muito contente com o curso, a ponto de estar me tornando um defensor do mestrado. Claro que estou em uma condição legal: tenho bolsa integral no curso; estou conseguindo me dedicar 100% ao mestrado; e além de aprender muito estou ganhando novos "grandes" amigos.

O interessante é que o mestrado está se tornando algo fundamental, deixando de lado esse mito "mestrado <> mercado". O mestrado prepara a pessoa em outros aspectos que não somente o conhecimento específico do tema de sua dissertação, o que tem tudo a ver com o perfil de profissional exigido atualmente pelas empresas. As chamadas soft-skills (habilidades interpessoais) estão cada vez mais em alta, não só a didática, mas também habilidades como independência, capacidade de se auto-gerenciar, dinamismo, todas típicas obrigrações de um mestrando.

Antes de escrever esse post procurei me informar mais sobre as exigências de mercado e me surpreendi ao ver que muitas empresas da capital, Porto Alegre, estão contratando mestres e incentivando seus funcionários a cursarem mestrado. E esse número só cresce. Não quero dizer aqui que todo mundo deve cursar mestrado, acho que cada pessoa tem um perfil e existem pessoas que não gostam do ambiente acadêmico, mas para que tem um perfil mais alinhado com os estudos e principalmente tem condições de cursar um mestrado, deve realmente aproveitar essa oportunidade e ir atrás do título.

domingo, 11 de maio de 2008

Origem do SPAM

Que interessante, dia 17/03/08 eu postei no meu blog um post chamado GMail, falando como são chatos os spans e quanto tempo precioso perdemos quando nosso servidor de e-mail não detecta esses spans. Hoje achei um post muito legal no blog Avante do Bruno Ávila falando sobre a origem do spam.

Tudo começou em 03 de Maio de 1978, quando um cara chamado Gary Thuerk teve a brilhante idéia de utilizar a rede Arpanet para enviar um convite para 393 e-mails. O convite era para um evento de uma empresa chamada DEC, fabricante de computadores da época.

O problema é que essas 393 pessoas que receberam o e-mail ficaram revoltadas e mandaram um turbilhão de e-mails para Gary reclamando. Que loucura. Dá até para vermos a mensagem original enviada por Gary (clicando aqui), inclusise algumas reclamações que ele recebeu.

Mas o ponto chave é: Por que o nome SPAM?
A idéia de chamar os emails indesejados de SPAM tem origem num episódio de Monty Python, um grupo de comédia britânico dos anos 70 que era passado na BBC de Londres. SPAM é uma carne enlatada, parecida com a presuntada, vendida por lá e é sempre empurrada para você em qualquer coisa que se peça. Neste episódio, um casal de velhinhos chega num bar, do tempo dos Vikings, pedindo algo pra comer e para surpresa dos mesmos, um dos ingredientes que não faltam é o tal SPAM. Segue abaixo o vídeo original com legendas em português:

sábado, 10 de maio de 2008

Eclipse com JavaCC

Atualmente estou usando muito o JavaCC e achei um plugin bem interessante para o Eclipse. Por sinal tenho me surpreendido muito (positivamente) com o Eclipse, ele é uma excelente ferramenta que, além de me dar um bom suporte para o desenvolvimento em PHP, está me permitindo criar e rodar arquivos ".jj" com minha gramática do JavaCC e compilar essa gramática nele mesmo. Que legal!

Para quem não conhece, o JavaCC é uma ferramenta geradora de analisadores sintáticos criada pela SUN para a comunidade de programadores Java. Ele é uma ferramenta simples e poderosa que nos permite criar analisadores sintáticos, bem como a construção de compiladores.

Agora falando do Eclipse com o plugin do JavaCC, podemos integrá-los facilmente:
  1. O Eclipse pode ser baixado aqui;
  2. Após a instalação do Eclipse, baixe o plugin do JavaCC aqui;
  3. Descompacte o download e insira-os no diretório raiz do eclipse (pastas plugin e features);
  4. Depois de instalado o eclipse + o plugin, baixe o javacc (compilador) aqui;

Para criar sua primeira gramática no Eclipse, faça o seguinte:

  1. Entre no menu: File >> New >> Java Project (Para criar o projeto)
  2. Clique com o botão direito na pasta "scr" onde ficam os códigos e selecione: New >> Other... >> JavaCC >> JavaCC Template File
  3. Pronto! O template está criado e já podemos compilar e rodar.

Se tiverem dúvidas para rodar as gramáticas criadas é só entrar em contato.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Insegurança no Windows Vista

Vou postar hoje só para brincar com vários amigos meus que dizem: "windows vista rules". Pra mim vai demorar muito pra microsoft lançar algo como o XP, mas gosto é gosto. Vai saber né!

Estava dando uma vasculhada na internet e no IDG Now! estava uma matéria falava sobre a inseguranças do Vista, de acordo com a matéria mesmo sendo considerado seguro, o Vista possui tantas vulnerabilidades quanto Windows 2000, lançado quando malwares eram menos comuns. O Vista conseguiu alcançar o número de 639 vulnerabilidades apenas no segundo semestre do ano passado - em um período equivalente, o Windows 2000 registrou 586 brechas.

Além de ter muitas vulnerabilidades, vários analistas culpam o Vista pela queda da receita da microsoft. Não é nenhum fim de mundo, mas com a venda de computadores crescendo cada vez mais é complicado para uma empresa que vende sistemas operacionais perder receita.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Yahoo Analytics

Há alguns meses eu publiquei um post contando um pouco sobre como o Google Analytics me ajuda a controlar os acessos ao meu blog e entender o que levam as pessoas a se interessarem por voltar ao mesmo. Hoje li uma notícia bem interessante sobre o Yahoo Analytics, publicada no site Webinsider, que diz que o Yahoo analytics promete ser mais que um analytics gratuito.

De acordo com a notícia, o Yahoo havia comprado a Tensa Ktf, conhecida por IndexTools para entrar neste mercado. A IndexTools é comparada a ferramentas de maior porte como Coremetrics, Visual Science, Unica, Omniture e WebTrends, todas pagas, como até então o era a IndexTools.

Vale a pena conferir a notícia original e observar o ponto de vista dos autores, mas o que me chamou atenção foi o fato de que o mercado não está parado e não é somente o google que se mexe. Assim como o google surgiu aos poucos e tomou conta de um mercado de gigantes, podem surgir outras marcas que roubem as parcelas de mercado deles ou até mesmo algum mercado onde eles não dominam.