segunda-feira, 10 de março de 2008

A arte da guerra

Livro: A arte da guerra
Autor: Sun Tzu
Editora: Golden Books

Bom, o segundo livro que vou resumir aqui no blog se chama a arte da guerra. Eu ouvi falar desse livro em 2003 quando entrei na faculdade, através de um professor meu que falava muito bem dele e após 5 anos eu consegui lê-lo.

O livro não é nada mais nada menos que uma tradução comentada dos 13 capítulos originais da obra de Sun Tzu e essa obra ao longo dos anos se tornou muito comentada no meio empresarial sendo seguida a risca por muitos administradores de empresas.

1) Planejamento inicial:
Sun Tzu fala muito sobre planejamento. Planejar muito nos leva a vitória, planejar pouco nos leva a derrota. Devemos sempre estarmos atentos as circunstâncias, se elas forem favoráveis devemos modificar nossos planos. Podemos lembrar dos artifícios para iludir, visando enganar o adversário com o uso da astúcia. O mais interessante caso ocorreu na Guerra de Tróia, o famoso cavalo de tróia.

"Os combates são perdido por generais, não por pelotões ou fileiras." - General Ferdinand Foch

É interessante como Sun Tzu fala muito sobre quem realmente perde uma batalha. Como diria General William Creech: “Não há pelotões fracos, apenas líderes fracos”. O líder é que planeja a logística, é ele que deve ter o conhecimento prévio da situação climática, da época adequada e da hora, em função da localidade. É ele que tem influência direta no resultado da ação que deve ser executada sempre no momento certo e e condições favoráveis.

2) Administrando a guerra:
Devemos usar o inimigo conquistado para aumentar nossa força militar, não podemos lutar por lutar, custa caro o esforço de se manter em uma guerra longa, temos que tirar proveito disso.

3) Estratégias de luta:
Vencerá aquele que quando preparado vai esperar para atacar quando o inimigo estiver despreparado. Devemos saber quando lutar e quando evitar a luta. Derrotar o inimigo em 100 batalhas não é excelência suprema, a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem precisar lutar.

4) Disposições táticas:
A invencibilidade depende da defesa (único recurso de quem não é capaz de vencer) e a vitória depende do ataque (único recurso de quem é capaz de vencer). A sabedoria consiste em elaborar uma disposição tática que impossibilite a derrota e viabilize a vitória. O momento certo de cada ação.

5) Energia combinada:
Não importa o número de soldados, importa que cada um tenha a sua responsabilidade. Assim, liderar 1.000 homens será a mesma coisa que liderar 100.

6) Detecção de pontos fracos e fortes:
Conhecer onde e quando acontecerá a próxima batalha permite que possamos nos concentrar à distância para guerrear.

Chegue cedo para o combate. Se chegar tarde estarás cansado e chegando cedo você estuda o inimigo e ataca em seu ponto fraco, fazendo ele correr.

7) Estratagemas:
Coragem precisa de inteligência, simplesmente caminhar para nossa morte não traz a vitória. É um axioma militar não avançar montanha acima para atacar o inimigo, nem se opor a ele quando está descendo morro abaixo porque a posição dele é privilegiada.

8) Diversificar estratégias:
A arte da guerra nos ensina a confiar, não na possibilidade de o inimigo não vir, mas sim, na nossa prontidão para recebê-lo.

9) O excército em movimento:
Aquele que não sabe fazer previsões e faz pouco caso de seus oponentes, subestimando sua capacidade, certamente será derrotado por eles.

10) Topografia do terreno:
Se vocês conhece o inimigo e a si próprio não há dúvidas de sua vitória. Se você conhece tempo e espaço, poderá fazer com que sua vitória seja completa.

11) Manobras em nove situações:
A rapidez é uma eficaz estratégia de guerra. Tire proveito da não prontidão de seu inimigo, marche por caminhos inesperados e ataque lugares desprotegidos. Faça com que seus planos sejam tão obscuros quanto a noite e quando se movimentar, caia como um raio.

12) Ações pirotécnicas:
A guerra só deve ser travada como último recurso.

13) Uso de agentes infiltrados:
Só o soberano iluminado e o general capaz é que usarão a mais elevada inteligência do exército com o objetivo de espionar e, por esta razão, conseguirão os melhores resultados. Os espiões são elementos muito importantes na guerra, pois deles dependerá a habilidade do exército para avançar.

Concluindo:
Esse livro é realmente muito interessante, mas confesso que é bastante complexo. Existem ensinamentos preciosos como: "Na guerra devemos evitar quando o inimigo é forte e atacar quando é fraco". Ou seja, se vamos abrir uma empresa devemos massacrar a concorrência a qual temos condições para lutar, mas para as empresas que não temos condições, devemos fingir que nem existimos. Caso contrário nós que seremos massacrados.

Os exemplos citados no livro sobre vários casos de despreparo dos comandantes fazem muito sentido quando analisamos com a vida real. Pessoas prepotentes, arrogantes e que substimam os adversários acabam derrotados por eles.

Vale a pena ler, principalmente se o leitor gostar de guerra e estratégias, mas confesso que é um livro um pouco massante.

Eu recomendo a leitura. Pena que é um livro muito complexo.

Nenhum comentário: