sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A nova escala de valores

A chamada escala de valores foi usada por Bernardinho como uma nova versão da roda da excelência. Ela é muito interessante porque traz conceitos mais específicos.
A escala de valores consiste em seis etapas: escolha de talentos, espírito de equipe, definição e fomento de lideranças dentro do grupo, treinamento extremo, fatores externos e o sucesso e suas armadilhas.

Escolha de talentos: devemos optar pelas pessoas certas e não pelas talentosas. Um bom método para isso é o método estatístico. Saber dados exatos e específicos dos atletas para saber o que esperar dele e onde encaixá-lo. Pode usar a estatística para um conceito tático, estudar o adversário e saber como ele age e a partir daí bolarmos nossas estratégias. Estudar o comportamento deles durante o jogo para saber se mudou em relação aos nossos dados antigos e então mudar nossa estratégia novamente. Outro modo de usá-la é tecnicamente, analisando o desempenho de cada atleta e mostrando a ele para que possa melhorar. Isso faz com que termine as conversas como: “Eu acho que você...” E nos propicie conversas como: “Você fez isso e aquilo e precisa de...” Os números não nos dizem tudo, mas ajudam muito para entender onde e como melhorar.

Talento médio + Determinação Alta = Bom profissional
Talento alto + Determinação Alta = Super profissional
Talento alto + Determinação Baixa = Frustração


Por isso devemos sempre olhar nos olhos desses talentos para encontrar o famoso “brilho no olhar”.

Espírito de equipe: Devemos nos motivar pela excelência e liderar pelo exemplo.

Liderança: O líder deve ser um facilitador de bons desempenhos, mas não deve buscar a popularidade.

O bom profissional é aquele que nunca acha que o que conquistou é o bastante, que sempre quer algo mais e que está disposto a sacrifícios individuais em nome de um objetivo coletivo. E o bom líder é aquele que consegue incutir esse questionamento em seus colaboradores.

O bom líder deve sempre desafiar seus liderados a superar o que eles acreditam ser seus limites.

Preparação: Provocar, desafiar, instigar, buscar nada menos que o máximo, essa é a obrigação de todo gestor. Só isso faz crescer.

Superação é ter a humildade de aprender com o passado, ser inconformado com o presente e desafiar o futuro. – Hugo Bethlen – Grupo Pão de Açucar

Quando a preparação é intensa e sistemática, qualquer coisa diferente será apenas uma pequena variação para o que você se preparou. – Rudolph Giuliani

Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho – Tiger Woods

Mão santa nada, mão treinada. – Oscar Schmidt

Ambiente externo: “Brigo muito com eles, mas brigo mais por eles.” – É importante prover as condições básicas para nosso trabalho.

O sucesso e suas armadilhas: As vitórias nos garantem apenas grandes expectativas e mais responsabilidade. E nossa responsabilidade aumenta de forma proporcional à expectativa gerada: é o peso do favoritismo.

O questionamento constante – sob a ótica dos elementos da roda da excelência ou da escala de valores – gerará crescimento. É importante entendermos novas vivências como lições para um aprendizado contínuo permanente.

Optar pelas pessoas certas e não pelas mais talentosas;
Focar no trabalho em equipe;
Fomentar lideranças no grupo;
Treinamento extremo (nada o substitui);
Buscar equilíbrio entre cobranças e condições externas;
Atenção ao sucesso e suas armadilhas;
Buscar constantemente a excelência;

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